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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Proposição 59º CT - Prendas e Peões do RS


Confiram a proposição aprovada pelas Prendas e Peões do RS no 59º Congresso Tradicionalista!
Um idéia a qual devemos crédito ao nosso padrinho Marcelo que logo depois da primeira reunião foi pensada com carinho e após a discussão e a elaboração do raciocínio do grupo sobre a mesma, tive a oportunidade de levá-la ao papel e com os olhos atentos da colega (Nega) Joelma Pauline pudemos aprimorar nosso texto, o qual tomou forma sob a responsabilidade de todo o grupo estadual!
Com responsabilidade, de quem sabe o que precisa fazer para chegar onde se quer, lutamos, expomos nosso pensamento sobre o papel da juventude no seio tradicionalista e fomos reconhecidos, finalmente!
Sim, nós sabemos que este é o primeiro pequeno passo dado frente a conquista de nosso espaço na sociedade gaúcha e tradicionalista, temos a certeza que esta contribuição, embora, limitada vai alavancar as oportunidades para os nossos sucessores. Outrossim, sabemos que esta iniciativa não abarcará nenhuma contribuição imediata, nem mesmo para a própria atuação da gestão atual, pois quando a 1º Prenda e o Peão Farroupilha forem votar representando a opinião da juventude tradicionalista, nosso tempo já terá passado, nossa presença será dispensável e muitos nem lembrarão como foi que chegamos a esta vitória, mas ninguém esquecerá do mais importante, que essa participação representa um grito, o qual prenunciará o estopim de uma revolução, pacífica, mas uma revolução da sociedade que mantém seus valores sem preconceitos que põem em dúvida a conduta, o caráter e a capacidade de um jovem de decidir o que é melhor para um futuro que é seu por direito! É errando que se aprende, mas é a vontade de melhorar o mundo que faz do jovens plenamente capazes de arcar com suas próprias responsabilidades!


MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
59º CONGRESSO TRADICIONALISTA – PELOTAS/RS
PRENDAS E PEÕES DO RS GESTÃO 2011/2012



DO DIREITO AO VOTO NA CONVENÇÃO TRADICIONALISTA AOS REPRESENTANTES DAS PRENDAS E PEÕES DO RIO GRANDE DO SUL



I - OBJETIVO:

Observados os itens da Carta de Princípios bem como o Plano de Ação Social do MTG, o qual coloca a atenção especial as novas gerações como prioridade do nosso Movimento e por fim aos objetivos do presente evento, as Prendas e Peões do Rio Grande do Sul, gestão 2011/2012, propõe a inclusão no Estatuto do MTG, bem como em seu Regulamento Geral a participação com votos validos da 1º Prenda e do 1º Peão Farroupilha do Rio Grande do Sul a fim de que se tenha na plenária, representações de todos os seguimentos do nosso Movimento organizado, em especial a representação dos jovens e de seus interesses.


I – JUSTIFICATIVA:

O Movimento Tradicionalista Gaúcho é uma entidade que visa congregar os tradicionalistas e através deles, disseminar princípios e valores morais que o gaúcho mantém impregnado em suas tradições. Preservando o núcleo da formação gaúcha e a filosofia do tradicionalismo gaúcho, decorrentes de sua Carta de Princípios e expressas nas decisões dos Congressos.
É de conhecimento geral que o tradicionalismo organizado foi idealizado por um grupo de jovens, os quais não se deixaram abater diante das dificuldades e instituíram o maior movimento sócio-cívico-cultural do mundo, divulgando nossa cultura e tradição nos mais longínquos rincões.
Estes moços iluminados contribuíram ativamente para as bases estruturais, normativas e filosóficas do Movimento, fornecendo inúmeras teses e documentos basilares que solidificaram ainda mais os alicerces deste, que se tornou mais que um movimento, uma direção a ser seguida, uma filosofia de vida.
Em análise as duas Teses máximas de nosso Movimento “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo”, de Barbosa Lessa e “O Sentido e o Alcance Social do Tradicionalismo”, de Jarbas Lima, concluímos que é possível sintetizá-las em “o sentido e o dever do tradicionalista”.
Na vida humana, a sociedade – mais que o indivíduo – construiu a principal força na luta pela existência, mas para que o grupo social funcione como unidade é necessário que os indivíduos que os compõem possuam modos de agir e pensar coletivamente. O principal objetivo do MTG é combater o enfraquecimento do grupo local, o valor da tradição gaúcha se afirma promovendo a tradição gaúcha.
O tradicionalismo constrói para o futuro, sendo ele um movimento popular. Nesse sentido, destacamos as duas questões do tradicionalismo, que são a atenção ao homem do campo e a atenção especial às novas gerações, ponto em que iremos concentrar a nossa justificativa.

Deve, o Tradicionalismo, operar com intensidade no setor infantil ou educacional, para que o movimento tradicionalista não desapareça com a nossa geração. Porque nós - os tradicionalistas de primeira arrancada - entramos para os Centros de Tradições Gaúchas movidos pela necessidade psicológica de encontrar o "grupo local" que havíamos perdido ou que temíamos perder. Mas as gerações novas não chegaram a conhecer o grupo local como unidade social autêntica, e somente seguirão nossos passos por força de impulsos que a educação lhes ministrar. Por isso não temo afirmar que o dia mais glorioso para o movimento tradicionalista será aquele em que a classe de Professores Primários do Rio Grande do Sul - consciente do sentido profundo desse gesto, e não por simples atitude de simpatia - oferecer seu decisivo apoio a esta campanha cultural. Aliás, não se concebe que as Escolas Primárias continuem por mais tempo apartadas do movimento tradicionalista. Pois a maneira mais segura de garantir à criança o seu ajustamento à sociedade é precisamente fazer com que ela receba, de modo intensivo, aquela massa de hábitos, valores, associações e reações emocionais - o patrimônio tradicional, em suma - imprescindíveis para que o indivíduo se integre eficientemente na cultura comum (Fragmento da Tese “O Sentido e o Valor do Tradicionalismo de Luiz Carlos Barbosa Lessa).

Outra Tese, também de grande relevância para o Movimento, é “Tradicionalismo e as Novas Gerações” de Thereza Almeida, a qual afirma que o alicerce do tradicionalismo está, principalmente, na infância de hoje. Que os pais devem transmitir as gerações vindouras o conceito do tradicionalismo, as experiências do nosso culto gauchesco, a fim de que o nosso movimento de amor a terra nata prossiga, em farta colheita.
A cerca do 8º Congresso Tradicionalista, realizado em Taquara, onde foi aprovada a Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho, o senhor Manoelito Carlos Savaris, atual presidente da Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha, faz as seguintes colocações:

Analisando as propostas apresentadas vemos quatro grandes preocupações: O que fazer da tradição nos Centros de Tradições Gaúchas, a posição pró-ativa diante de questões sociais e do folclore do homem sul-rio-grandense e, finalmente, o estabelecimento de uma base ideológica para o Movimento (Fragmento da Introdução do livro “50 Anos da Carta de princípios e 8º Congresso Tradicionalista”, redigida por Manoelito Carlos Savaris, Presidente da CBTG).

Em análise as referências acima, observamos que o Movimento Tradicionalista desde o início, demonstrou uma preocupação especial com as novas gerações, com a juventude tradicionalista. O mesmo foi idealizado por jovens, os quais sempre tiveram a preocupação com a continuidade do Movimento, sendo que para tanto a presença de novos jovens é de suma importância.
Os cargos de Prenda e Peão do RS foram criados com o objetivo de formar jovens capazes de representar as virtudes que melhor caracterizem o povo gaúcho, mas também, são cargos atribuídos aos promissores líderes de nosso Movimento, nos quais se vislumbra a brilhante capacidade de agregar ao tradicionalismo como um todo.
Com efeito, se sabe que as Prendas e Peões do RS representam em sua totalidade, a figura e os interesses de todas as prendas e peões dos quatro cantos de nosso Estado, das trinta Regiões Tradicionalistas, buscando evidenciar de forma expressiva o gosto dos demais jovens pela causa tradicionalista, emanados de um forte espírito associativo, o qual provém da participação ativa e colaboradora que desenvolvem ao longo de suas atividades nas entidades, regiões e no estado.
Salienta-se, que o papel do jovem tradicionalista, vai além de elaborar projetos e representar a tradição, mas também de ajudar a disseminá-la ao gosto dos demais, ajudando a tomar as decisões que farão parte da estrutura de nosso movimento para o futuro, pois é notório o entendimento de que, são as Prendas e Peões de hoje os futuros líderes de nosso amanhã.
Analisando a juventude como o futuro do tradicionalismo, nota-se que esta proposição possibilitará a aprendizagem desses futuros líderes, uma vez que apesar do conhecimento adquirido através dos estudos, os falta a experiência de quem vivenciou a teoria estudada na prática. Desse modo, formaremos tradicionalistas conscientes e experientes, evitando possíveis erros pela falta da prática, além de promover o entrosamento entre todas as gerações, que também é objetivo do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Nesse sentido, devemos seguir os passos de nossos pioneiros, destinando uma atenção especial às novas gerações, oportunizando a prática de ações que os tornem verdadeiramente lideranças tradicionalistas, uma vez que terão o conhecimento e a experiência para tanto.
Dessa forma, a oportunidade ao voto, conferida a 1º Prenda e ao 1º Peão Farroupilha do RS na sessão plenária da Convenção Tradicionalista, fará valer, além do direito daqueles que se preocupam consideravelmente com a causa e os rumos que ela tomará, mas também dará voz aos jovens e a oportunidade de manifestar suas idéias e preocupações, mais do que isso, fará com que sejam realmente parte ativa e colaborada, fortalecendo as raízes da tradição.
Afinal, o tradicionalismo deve se perpetuar de forma a agregar as novas gerações, além de acompanhar a evolução da sociedade, para isso a opinião dos jovens promissores é indispensável, os quais juntamente com os tradicionalistas veteranos, poderão contribuir grandemente para com o Movimento Organizado.
Dessa forma, a presente proposição visa, através da Gestão 2011/2012 de Prendas e Peões do RS, o direito ao voto na plenária da Convenção Tradicionalista, bem como para que seja acrescido ao art. 37 do Estatuto, no que tange a composição da Convenção Tradicionalista a seguinte nomenclatura:
a 1º Prenda do RS e o 1º Peão Farroupilha do RS e, ou na falta destes, os seus sucessores”.
Outrossim, conforme dispõe o art. 36 do Estatuto do Movimento Tradicionalista Gaúcho em sua obra Coletânea da Legislação Tradicionalista, o Congresso Tradicionalista é um órgão que reforma o Estatuto do MTG, além de exercer as demais atribuições previstas no regulamento geral do MTG.



II – DO PEDIDO:

Diante o exposto, a tese acima referida postula que a 1º Prenda do RS (representando toda a gestão de prendas) e, na ausência desta as suas sucessoras, bem como o Peão Farroupilha do RS (representando toda a gestão de peões) e, na falta deste os seus sucessores, tenham direito a voto na plenária da Convenção Tradicionalista a fim de exercer o direito que é conferido de participar das decisões sobre o futuro do Movimento Tradicionalista Gaúcho.


Porto Alegre, 06 de dezembro de 2012.


Prendas e Peões do Rio Grande do Sul - 2011/2012:

Joelma Pauline Schmohl Meotti – 1ª Prenda
Muriel Machado Lopes – 2ª Prenda
Maira Simões Rodrigues – 3ª Prenda

Douglas William de Quadros da Silva – Peão Farroupilha
Rodrigo de Oliveira Schneider – Peão Destaque Campeiro
Luiz Antônio Pereira Machado Junior – Peão Destaque Artístico-Cultural

Natana Gengnagel – 1ª Prenda Juvenil
Janaina Matiello – 2ª Prenda Juvenil
Indiana Tedesco Saugo – 3ª Prenda Juvenil

Lourenço de Oliveira Nunes – Guri Farroupilha
Lucas Peres Amaral da Rosa – Guri Destaque Campeiro
Nathan Santos Rolim – Guri Destaque Artístico-Cultural

Alexia Trento – 1ª Prenda Mirim
Dayala MarinaUbessi Streit – 2ª Prenda Mirim
Raiza Rohrig Martins – 3ª Prenda Mirim
Referências Bibliográficas:


CÔRTES, João Carlos Paixão. Origem da Semana Farroupilha Primórdios do Movimento Tradicionalista. Porto Alegre/RS: 1994.

FAGUNDES, Antonio Augusto. Curso de Tradicionalismo Gaúcho. Porto Alegre/RS: Martins Livreiro, 2002, 4ª edição.

FERREIRA, Cyro Dutra. 35 CTG - O Pioneiro do Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG. Porto Alegre/RS: 35 CTG, 4ª edição.

LIMA, Jarbas. Tradicionalismo... Responsabilidade Social – Reflexões. Porto Alegre: Movimento Tradicionalista Gaúcho: 2004.

LAMBERTY, Salvador Ferrando. ABC do Tradicionalismo Gaúcho. Porto Alegre: Martins Livreiro. Ed., 1989.

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO. Coletânea da Legislação Tradicionalista. Porto Alegre/RS: 2010, 8ª edição.

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO. Coletânea da Legislação Tradicionalista – Volume 2. Porto Alegre/RS: 2000.

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO. Meio Século de Congressos (1954-2004) – Documentos Basilares do Tradicionalismo Gaúcho – Anais do 50º Congresso Tradicionalista Gaúcho. Paulo Roberto de Fraga Cirne, organizador. Porto Alegre/RS: 2004.

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO. MTG 40 Anos: Raiz, tradição e futuro -1966-2006. Paulo Roberto de Fraga Cirne, pesquisa e texto base. Porto Alegre/RS: 2006.

MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO. 5º Anos de Carta de Princípios e 8º Congresso Tradicionalista . Coordenação Ediorial: Manoelito Carlos Savaris e José Roberto Fischborn. Porto Alegre/RS: 2000.

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