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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Poema feito para o ENART - Palco da Vida

Este foi o poema que elaborei para a apresentação das Prendas e Peões do RS no Tcheencontro Estadual da Juventude, foi a maneira que encontramos de eu estar presente, pois no mesmo dia tinha um compromisso inadiável com o MJC - Momento Jóvem Católico de Cachoeira do Sul, o qual participo ativamente desde 2006. Com este poema, tive a certeza de que estaria de alma e coração junto aos amigos que estavam no evento e, também, estendendo uma paequena contribuição daquilo que acredito. O ENART já realizou o sonho de muitas pessoas e contou histórias de muitas vidas e, por muitas vezes foi a VIDA de seus participantes, por isso a escolha do nome para intitular este poema. Espero que gostem. Abraços.



Palco da Vida
(Tributo ao maior dos festivais – ENART)
 
Voa coração, voa longe pra ganhar a imensidão...
Vai buscar largos sorrisos, olhos ardentes, fibra e coragem
Estampada na roupagem de outrora...
Vai buscar a inspiração do poeta
E, do artista, a interpretação...
Da platéia, não esqueça, traz aquele calor da emoção!
Palmas, coreografias ensaiadas, gritos de sapucai,
Abraços de mãe e pai... Tudo isso... Não esqueça!
Pois são parte do grande espetáculo daquele palco da vida,
São histórias repetidas dos amantes de nossa arte!

Oh... Vida guapa de gaúcho que ama o que é seu de verdade!
Não temendo os rudes percalços honrando a estirpe farrapa,
E cada etapa, é como transceder uma linha imaginária,
Onde o mais importante, é em si mesmo, acreditar...
Fazendo do céu o limite pra quem não desiste de sonhar!

Quantas historias por ali já passaram, quantos amores,
Quantas guerras, quanto sonhos se cruzaram...

A paixão do guerreiro, o ódio de Francisco Libório o filho do Patrão,
A guerra incontida dos farroupilhas e a casa de suas sete mulheres,
Lembro bem, do negrinho do pastoreio e,
Da Teniaguá "El diabo" dos campeiros,
Tem também, os birivas, tropeiros
E os negros, grande charqueadores,
Os indios pampeanos, tauras boleadores,
E aqueles que não podemos esquecer,
Os pioneiros fundadores da nossa tradição,
Barbosa Lessa e o Paixão,
Coreografias vivas naquele salão!

Lendas, cantigas, histórias mal resolvidas,
Vidas e Vidas contadas pelos pés calejados,
Pelas mãos hábeis, rudes ou delicadas,
De homens e mulheres imbuídos de todo o seu coração,
Que, ensaiam dia e noite, abandonando o seu ser...
Para dar lugar ao artista, que da tradição, quer viver...!

Tudo se passa em vinte minutos
É muito pouco tempo para um sonho viver
Mas, a arte gaúcha é grande de mais pra esquecer!
Dizia o poeta que cantava o amor por este ideal,
Um grande festival de emoções que viu agente nascer,
Vinte minutos aproveitados a cada segundo...
Vinte e seis anos de história para jamais se perder!

Eis que, de repente, em meio ao tumulto,
Vejo as cancelas se abrirem num abraço fraterno,
Como o desencadear de forte emoção,
O artista que me envolve, fala de manso,
No rosto levando a mão:
- Olhe...
Não repares!
Esta lágrima que teimou em rolar, é que o Patrão lá do céu,
Que reuniu os gaúchos neste lugar, esqueceu de me contar,
Que aqui, nenhum vivente de carne e osso,
volta pra’s casa sem se emcionar,
E que tradicionalista que se preze,
Não pode ter vergonha de chorar!

E mais uma vez a minh’alma se invade de emoção...
E o sonho que nasceu mirim ganhou asas na ponta do coração...
É o encontro da arte e da tradição gaúcha...é o ENART...
Que se tornou poema e canção!

É um sentimento de missão cumprida
Que que faz meus olhos marejar,
E relembrando tantos momentos, naquele palco da vida,
Permanesce só uma certeza:
- Que nós tradicionários, na disputa de igual pra igual,
vivemos um sonho bueno e bagual!
Hoje ENART ontem FEGART e Mobral,
O sonho que um dia foi de nossos pais,
Hoje é o nosso ideal!

Tudo se passa em três desdobrar de auroras,
É, certamente, tão pouco tempo para um sonho viver,
Mas todos nós, juntos, não vamos deixar esmorecer!
Venham todos, declamadores, dançarinos, chuliadores,
Venham instrumentistas, intérpretes e trovadores...!
É este mesmo sentimento que inunda cada ser,
Que naquela arquibancada faz um sonho pequeno,
Grande parecer...

Sentimento bueno, que traz os gaúchos
Dos quatro cantos, numa mesma direção
Pra mostrar a Nação toda cultura sulina
E Santa Cruz se inlumina
Pra receber sem iguais
No maior dos festivais da américa latina!

Ah... Eu sou gaúcho!
É o grito ovassionado de quem se prosta feito palanque
Naquela arquibancada da vida,
E completa o coração dizendo:
- E isso me basta pra ser feliz!











 
Muriel Machado Lopes
2º Prenda do RS

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