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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CARNAVAL PARA OS TRADICIONALISTAS/PRENDAS E PEÕES


 
O mês de fevereiro em ritmo de festa pelo país e até mesmo pelo estado eu também andei desacelerada quanto as postagens, podendo até dizer que estava tirando uma folga e aproveitando os últimos dias de férias da faculdade e é claro o carnaval como todo bom brasileiro, isso mesmo o carnaval, sim porque apesar de gaúcha e prenda deste Rio Grande eu também gosto admiro o carnaval, não se espantem eu explico.
Sou Prenda, sim, mas também sou gente (risos), posso gostar e ter outros hábitos que não só os que convém a tradição gaúcha, mas claro, e aí já fica a dica para aquelas e aqueles que desejam representar o estado e serem as Prendas e Peões do RS e, também, de regiões e entidades, você pode participar de outras atividades, frequentar lugares diferenciados dos hábitos sulinos tradicionais, mas sem nunca esquecer quem você é, quem representa e todo o caminho que percorreu para chegar até ali. O Carnaval, antes de ser esta festa banalizada que a mídia divulga, é uma festa religiosa, embora a origem seja incerta. Alguns atribuem o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo. Outros dizem que seu início se deu mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Ápis, com danças, festas e pessoas mascaradas. É também possível que suas raízes se encontrem num festival religioso primitivo, pagão, que homenageava o início do Ano Novo e o ressurgimento da natureza. Há estudiosos que afirmam que o carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. e que através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Depois, os gregos e romanos acrescentaram bebidas e práticas sexuais na festa. A própria figura do rei Momo, tão popular no carnaval atual, é uma das formas de Dionísio — o deus Baco, patrono do vinho e do seu cultivo, o que tenderia a indicar que a origem do carnaval teria se dado na Grécia arcaica, nos festejos que honravam a colheita. Mas, não importando a real origem da festa ou a explicação etimológica da palavra “carnaval”, o que nos interessa é saber como deveria um tradicionalista e, me arrisco dizer todo aquele que tem um princípio de vida sadio, encarar tal festejo. Primeiramente, temos de ter em mente que Deus, a Bíblia, não condena a diversão, na passagem de Eclesiastes 3: 4 refere que há “tempo para chorar, tempo para rir; tempo para ficar triste, tempo para pular de alegria”. A palavra hebraica traduzida aqui como “rir” pode também ser traduzida como “festejar” e deste modo entendemos que do ponto de vista de nosso Deus não há nada de errado em se participar de festas, desde que sejam sadias. E do ponto de vista tradicionalista não há nada escrito na Coletânea da Legislação Tradicionalista que proiba expressamente um tradicionalista de participar dos festejos carnavalescos, porém desde que ele siga aquilo que reprime o Código de Ética e não esqueça da Carta de Princípios. Porém, é claro, não ficaria de bom tom que uma prenda que em seu recato, debaixo de longos vestidos, criados pela mente de Paixão Cortes realmente para transparecer o caráter e a dignidade da mulher gaúcha, saísse pelas avenidas da cidade exibindo o corpo em fantasias que extravasem a sensualidade, seria no mínimo antagônico, acho que devemos respeitar e participar sim, mas nunca esquecendo daquilo que tentamos disseminar, uma fantasia de carnaval pode ser bonita, divertida, mas não precisa expôr o tradicionalista ou qualquer pessoa de forma a parecer vulgar. O limite é o nosso melhor amigo em qualquer situação, podemos nos divertir, poi somos pessoas normais, mas precisamos nos conhecer e tomar partido naquilo que acreditamos.
Sou Prenda, amo meu estado, cultuo veementemente as tradições, amo as músicas gaúchas e nativistas, mas também tenho gosto pela cultura brasileira, afinal antes e depois de sermos República Rio Grandense (com muito orgulho), seremos sempre brasileiros, donos de uma cultura ímpar, embora ainda tenha que ser muito difundida como realmente é e não como a mídia e o capitalismo deseja!

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